“Uma margem restrita de manobra se apresenta, entre os riscos inflacionários e a desindustrialização que o real supervalorizado produz”. Emir Sader
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
- A doutrina keynesiana
O economista inglês
Jonhn Maynard Keynes, promoveu uma revolução na doutrina econômica, quando a
doutrina clássica não se mostrava suficiente, opondo-se principalmente ao
marxismo e ao classicismo, os seus estudos faz uma análise econômica reestabelecedora
de contato com a realidade.
Seus objetivos eram
de, principalmente, explicar as flutuações de mercado e o desemprego
generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma economia de mercado, sua
causa e sua cura.
Opondo-se a Karl Marx
e Engels, Keynes acreditava que o
capitalismo poderia ser mantido, porem com reformas significativas, já que o
capitalismo se mostrara incompatível com a manutenção do emprego e da estabilidade
econômica. Recebendo, portanto, muitas críticas dos socialistas no que se
refere ao aumento da inflação, ao estabelecimento da uma lei única de consumo,
ignorando as diferenças de classes. E, por outro lado, algumas de suas idéias
foram agregadas ao pensamento socialista, como por exemplo, a política do pleno
emprego e a do direcionamento dos investimentos.
Defendendo a
intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão para o socialismo
do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os
problemas sociais, ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de produção
e a boa remuneração de seus detentores.
Suas obras
estimularam o desenvolvimento de estudos não só no campo econômico, mas também
nas áreas da contabilidade e da estatística. Na evolução do pensamento
econômico, até agora, não houve nenhuma obra que provocasse tanto impacto
quanto a Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda de Keynes.
O pensamento
Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no nosso atual
sistema econômico. Dentre as principais, os grandes modelos macroeconômicos, o
intervencionismo estatal moderado, a revolução matematizante da ciência
econômica.
- A quebra da Bolsa de Valores de Nova York
A quebra da bolsa de valore
de Nova York foi
a conhecida como a crise econômica que sacudiu as estruturas do capitalismo, os
EUA, e o mundo todo.
Caracterizou-se por um período de recessão econômica,
desemprego, queda do PIB dos países.
De 1920 até 1929, os americanos
iludidos com uma prosperidade aparente (resultado do crescimento econômico
gerado pelas indústrias), compraram várias ações em diversas empresas, até que
no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Vários
fatores causaram essa crise:
-Superprodução agrícola:
formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo,
que não encontrava comprador, interna ou externamente.
- Diminuição do consumo:
a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não
acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de
compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
- Livre Mercado: cada
empresário fazia o que queria e ninguém se metia.
- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920
a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor
das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas
ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira
Negra” (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
- A fusão do capital industrial com o dos bancos
O capitalismo financeiro é marcado
pela fusão do capital
dos monopólios bancários e industriais
Uma
parte cada vez maior do capital industrial não pertence aos
industriais que o utilizam. Podem dispor do capital unicamente por intermédio
do banco, que representa para eles, os proprietários desse capital. Por outro
lado, o banco também se vê obrigado a fixar na indústria uma parte cada vez
maior do seu capital. Graças a isto, converte-se, em proporções crescentes, em
capitalista industrial. “Este capital bancário - por conseguinte
capital sob a forma de dinheiro - que por esse processo se transforma
de fato em capital industrial, é aquilo a que chamo capital financeiro.” "Capital financeiro é o capital que se
encontra à disposição dos bancos e que os industriais utilizam."
Esta
definição não é completa porque não indica um dos aspectos mais importantes: o
aumento da concentração da produção e do capital em grau tão elevado que
conduz, e tem conduzido, ao monopólio. Mas em toda a exposição
de Hilferding em geral, e em particular nos capítulos que
precedem aquele de onde retiramos esta definição, sublinha-se o papel dos
monopólios capitalistas.
Concentração
da produção; monopólios que resultam da mesma; fusão ou junção dos bancos com a
indústria: tal é a história do aparecimento do capital financeiro e daquilo que
este conceito encerra.
Capitalismo Financeiro
Capitalismo financeiro
corresponde a uma etapa do sistema socioeconômico que se desenvolveu no fim do
século XIX e prolongou-se até o período da crise de 1929.
O sistema capitalista não
possui uma mesma configuração desde o seu início na Primeira Revolução
Industrial até a contemporaneidade, uma vez que sofreu diversas alterações
quanto ao modo de produzir, as relações entre donos de capitais e
trabalhadores, as tecnologias, o conhecimento, os inventos dentre outros.
Nos primeiros anos do século
passado o capitalismo financeiro já havia se dispersado em praticamente toda
Europa ocidental e também nos Estados Unidos, onde se encontrava uma grande
quantidade de empresas e capitais.
Esse período é marcado pelo
início da prática monopolista que se caracteriza pelo amplo domínio de uma
determinada empresa no mercado, isso quer dizer que não havia concorrência.
Além disso, surgiu a prática de oligopólios que corresponde à junção de um
pequeno número de empresas que se unem com o propósito de regular matérias-primas
e preços para que outras empresas do ramo não atuem de forma ofensiva,
colocando em risco os interesses desse grupo, dessa forma, força a concorrência
a acompanhar os valores praticados.
Ainda nesse momento ocorreu
grande incidência de fusões de enormes grupos empresariais, além do início da
junção entre capital bancário com a indústria, essa integração consolidou
definitivamente o capital financeiro.
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